Muitos vidraceiros atuam por anos para outras vidraçarias e depois de adquirirem bastante experiência surge a necessidade de evoluir para seu próprio negócio e ter a oportunidade de faturar mais. Entretanto, a falta de conhecimento traz alguns empecilhos e riscos e muitos não sabem nem por onde começar.
Além dos conhecimentos técnicos em instalação, o vidraceiro, seja um profissional autônomo ou microempresário precisa obter informações mínimas sobre a gestão do seu negócio. Primeiro de tudo, conhecer o mercado em que atuará, depois é preciso conhecer a estrutura tributária e obrigações acessórias, municipais, estaduais e federais, conforme o tipo de empresa.
Também é interessante conhecer os riscos do negócio, como acidentes, garantias, transporte e exposição de pessoas. Como qualquer empresário, tão logo seja possível, é necessário se aprofundar nos aspectos legais e tributários do negócio.
O portal do Sebrae disponibiliza EAD (cursos à distância) gratuitos, além dos cursos presenciais em cada região. Basta acessar sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ead. O Sebrae também tem em seu portal mais de 440 Ideias de Negócios e uma delas é de Vidraçaria. Clique aqui.
Entender os processos é importante para agir dentro das leis e não sofrer com futuras penalizações. Para atuar como profissional autônomo é só emitir apenas RPA – Recibo de Pagamento a Autônomo ou NFS – Nota Fiscal de Serviços de Pessoa Física para os serviços realizados.
Caso queira realmente abrir uma empresa para ter seu CNPJ, mesmo que não tenha o ponto comercial, a maneira mais simples e com quase nenhum investimento é sendo um MEI (Microempreendedor Individual).
Um outro passo onde a maioria dos empreendedores que querem abrir uma vidraçaria costuma falhar, que é o planejamento do negócio, finanças e gestão. Analise suas possibilidades de investimento e onde quer chegar.
O ideal é ir crescendo aos poucos, começar pequeno e ir investindo conforme a resposta do mercado. Este começar pequeno pode ser até sem loja física, com um escritório em casa, divulgando apenas pela internet, hoje o principal meio de comunicação.
O empreendedor tem que ter domínio de técnicas para controle e gestão do caixa, dos custos e formação de preços. Para não perder o controle do negócio, o empresário deve anotar diariamente em uma folha de caderno, planilha do Excel ou Software o que gasta e o que vende, ou seja, as receitas (dinheiro que entra) e as despesas (dinheiro que sai).
Custos são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas e insumos consumidos no processo de estoque e comercialização.
Nestes gastos precisam ser computados também os custos “invisíveis” dos quais muitos empreendedores esquecem, como combustível a cada ida na casa do cliente, por exemplo. Os valores não podem ser chutados e sim muito bem anotados.
O Sebrae preparou um modelo de planilha para ajudar o empresário, que está disponível no portal, por meio da ferramenta de busca com as palavras-chave: “Planilha de fluxo de caixa para controle de pagamento”. https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Planilha-de-fluxo-de-caixa-para-controle-de-pagamento-a-fornecedores.